Anatomia para pais mais paternais

By | 9/09/2013 07:55:00 PM Leave a Comment

Segundo estudo, homens com testículos menores seriam mais paternais



Homens com testículos menores seriam mais paternais, mostrando-se mais atenciosos e participativos nos cuidados com os filhos pequenos do que os dotados de glândulas sexuais mais volumosas, afirmaram antropólogos americanos em um estudo publicado esta segunda-feira.
Embora vários fatores econômicos, sociais e culturais provavelmente influenciem o engajamento dos pais na educação de seus filhos, os cientistas analisaram a possibilidade da existência de determinantes biológicos no instinto paternal.
Estudos anteriores já mostraram que homens com baixos níveis de testosterona seriam mais paternais do que aqueles com teores elevados do hormônio masculino, sendo estes últimos mais propensos a se divorciarem ou a manterem relações poligâmicas, lembraram os cientistas nesta pesquisa realizada por antropólogos da Universidade Emory, da Geórgia (sul dos Estados Unidos) e publicada nos Anais da Academia Americana de Ciências (PNAS) com data de 9 a 13 de setembro.
"Nossos dados sugerem que a biologia do macho humano reflete um compromisso entre a energia mobilizada na reprodução e aquela dedicada a criar a prole", explicou James Rilling, cujo laboratório conduz esta pesquisa.
"Nosso estudo é o primeiro dedicado a saber se a anatomia humana e as funções do cérebro podem explicar esta variação de instinto paternal entre os homens", acrescentou Jennifer Mascaro, principal autora do estudo.
A pesquisa foi feita com 70 pais biológicos com idades entre 21 e 55 anos, que tinham um filho entre um e dois anos e viviam com a mãe da criança.
Pai e mãe responderam separadamente a um questionário sobre o envolvimento do pai nos cuidados com o filho do casal, como trocar as fraldas, alimentar, dar banho ou ainda ficar em casa para cuidar do bebê doente ou levá-lo ao médico.
Os cientistas também determinaram os níveis de testosterona dos participantes e os submeteram a exames de ressonância magnética para medir sua atividade cerebral enquanto viam fotos do próprio filho.
Enfim, eles mediram o volume testicular dos pais também por ressonância magnética.
Os autores constaram que os níveis de testosterona e o tamanho dos testículos eram inversamente proporcionais ao envolvimento dos pais nos cuidados com as crianças expresso nos questionários.
Mais ainda, os pais com testículos menores apresentaram uma atividade mais intensa na parte do cérebro vinculada ao prazer e à motivação parental, revelada na ressonância magnética, quando observaram fotos de seu filho.
Ainda que estatisticamente significativa, a correlação entre o tamanho dos testículos e o instinto paterno não foi um consenso entre os cientistas.

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